[Play 2, o Imortal] Lançamento: Persona 4
2 participantes
Página 1 de 1
[Play 2, o Imortal] Lançamento: Persona 4
Lançamento: Shim Megami Tensei Persona 4
Satisfeita com o sucesso de Persona 3 e Persona 3 FES nos EUA, a Atlus não pensou duas vezes em trazer uma nova vertente dessa "Cult" e demoníaca franquia para o PLAYSTATION 2 americano. Nascida como um spin-off de "Megami Tensei", a série Persona ganhou status próprio, cativando sua legião individual de fãs em várias partes do globo. Curiosamente, Persona 4 veio para fechar o ano de 2008 com chave de ouro no PLAYSTATION 2, um ano em que mesmo com uma ínfima quantidade de lançamentos ainda pudemos degustar algumas fantásticas pérolas como essa.
Como no anterior, controlamos um personagem sem nome, cujo passado não importa – mesmo porque não é explicado. O que realmente é relevante é o fato de que ele saiu da cidade grande, sendo transferido para um colégio em Inaba, uma pacífica cidade do interior, onde ele morará com seu tio e prima menor. A paz da cidade termina quando, após um período de fog intenso, um corpo surge pendurado em uma antena. A polícia – e isso inclui seu tio, que é detetive – não sabe quem ou porque e antes mesmo que mais pistas pudessem ser colhidas, outro corpo surge nas mesmas condições. E para apimentar mais esse drama policial, você descobre que um programa chamado Midnight Channel – que só aparece em noites chuvosas e se você estiver sozinho com a TV desligada – está ligado ao caso. Como todo bom boato urbano, dizem que sua alma gêmea aparece na tela, mas na verdade o que surge é a pessoa que está presa nesse mundo da TV. Após descobrir que você e seus amigos podem entrar nessa dimensão através da televisão, ficará a cargo do grupo resgatar as pessoas que lá estão presas antes que o prazo acabe – sempre após um período de chuvas fortes, quando o denso fog invade a cidade. Caso isso aconteça, é Game Over.
Diferente da enorme torre de mais de 200 repetitivos andares de Persona 3, o mundo do Midnight Channel é bem mais variado, a começar por um "castelo de princesa" passando por um bizarro banheiro de um jovem que tem dúvidas sobre sua sexualidade. Verdade seja dita, os jogos dessa franquia costumam lidar bastante com assuntos controversos, e Persona 4 não é diferente. Os calabouços do Midnight Channel são todos "temáticos", fruto dos problemas de cada personagem lá preso.
Quando não estiver batalhando nessa dimensão, o jogador leva uma vida "normal", indo à escola, participando de clubes, saindo com amigos e até realizando trabalhos de meio período. Isso tudo é importante na hora de combater as criaturas demoníacas chamadas Shadows e realizar os resgates, e isso inclui seus amigos, que uma vez salvos de seu "eu interior", receberão cartas de Persona – uma "faceta da sua personalidade que serve como reação a estímulos externos" ou "uma máscara que protege contra as dificuldades do mundo ao seu redor", como bem definido no game anterior. O protagonista, porém, é o único capaz de carregar várias Personas de uma vez. Cada uma dessas criaturas possui suas próprias habilidades ligadas às suas classes, e elas podem ser fundidas entre si, dando origem a novas.
Os combates do jogo são tradicionais, porém costumeiramente mais dinâmicos que em outros RPGs. As ações dos outros personagens do grupo são automáticas e podem ser pré-definidas por táticas (aja livremente, economize SP, recupere HP do grupo, desça o sarrafo, etc.) ou manualmente – o que torna o andamento mais lento. Felizmente, a IA é relativamente eficiente e na maioria dos casos utiliza as melhores técnicas e/ou realizam as ações corretamente – mas quando erram, é pra valer. Para quem não quer pensar muito (o inimigo à frente pode ser bem fraco), basta apertar o triângulo e a luta ocorrerá mais rapidamente e automaticamente. Como em um RPG que se preze, o jogador poderá se preparar para esses momentos comprando armamentos, fundindo Personas, adquirindo itens, melhorando atributos e mais. Além de ficar no olho no HP – se seu personagem morrer, o jogo termina mesmo que os outros estejam vivos – é preciso ficar também ligado ao SP, que gasta rapidamente e os itens que o recuperam são muito escassos no jogo.
O jogador que quiser ganhar benefícios na hora da ação deverá se aprofundar na parte "social" do jogo, evoluindo sua relação com personagens ligados ao protagonista e desenvolvendo novas. Conforme se avança em sua ligação com os membros do grupo, seu "link social" evoluiu e algumas habilidades específicas surgem como defender o protagonista em caso de golpe fatal e mais. Para isso é preciso conhecer gente nova, participando de clubes escolares ou até mesmo trabalhando, pegando empregos de meio-expediente que podem ser realizados nas tardes de folga. O problema é que quanto mais pessoas conhecemos no game, mais falta tempo para poder interagir com todas elas, e muitas vezes o jogador perderá oportunidades únicas, justamente porque decidiu fazer outra coisa. Isso sem falar que muitos eventos são aleatórios – você pode ou não receber um convite de seu amigo em uma manhã de um feriado, e simplesmente ignorá-lo e partir para uma caminhada solitária pela cidade. Caso esteja chovendo, você pode passar a tarde na biblioteca estudando, ou aproveitando as promoções especiais do comércio que só acontecem nesses dias. Se é feriado e está ensolarado, você pode ir pescar, ou treinar com sua amiga Chie, ou até ir ao Shopping Junes com Yosuke e Cia. Se preferir, pode encarar os calabouços já visitados para "evoluir" seus personagens, afinal você nunca sabe quando será a próxima encrenca. Isso sem mencionar que muitas coisas não poderão ser feitas caso seu personagem não tenha Diligência, Sabedoria, Compreensão, Coragem ou Expressão suficientes. Esses atributos só podem ser expandidos se o jogador realizar outras ações paralelas dentro do jogo como estudar, fazer envelopes, cuidar de criança, e muito mais – até mesmo comer uma "parada" estranha na geladeira. Para os "completistas" de plantão, toda decisão do tipo poderá e causará uma tremenda dor no coração, pois é impossível realizar duas coisas ao mesmo tempo, e escolher uma delas impedirá que uma ou outras aconteçam. Em contrapartida, essa gama de opções só incentiva o jogador em suas jornadas seguintes, pois ele poderá fazer coisas completamente diferentes de sua primeira aventura. O famoso e importante "replay value", ou durabilidade, de Persona 4 é um dos mais altos que já vimos em um game do gênero – a quantidade de eventos é tão imensa que é quase impossível participar de todos, mesmo querendo, em duas, quiçá três aventuras.
Uma coisa que achamos bacana em Persona 4 com relação ao anterior é o fato deste ser muito, muito mais amigável com o jogador. Em Persona 3, o jogador era colocado logo de início frente a frente a várias decisões que já implicavam no desenvolvimento de seu personagem e da história. Agora, as variantes vão sendo apresentadas gradualmente, e decisões sobre com quem você quer interagir e quem você quer deixar mais de lado só aparecem mais para frente. Também não precisamos mais nos preocupar com personagens cansando ou ficando doentes (embora o esgotamento de SP fará o jogador desistir de algumas investidas) e algumas coisas tidas como mais pesadas – como atirar na cabeça para evocar Personas – foram limadas, embora a classificação etária de Persona 4 seja a mesma do anterior (Maduro, acima de 17 anos).
É curioso ver como Persona 4 brinca com o fator sorte. Isso também acrescenta e muito à gameplay, e não estamos falando apenas dos eventos que podem ou não acontecer em uma mesmo dia. Toda vez que uma batalha termina, o jogador pode ou não participar de uma etapa chamada Shuffle (embaralhar) onde se pode adquirir novas cartas de Personas. Elas são apresentadas de frente e de repente começam a se embaralhar e o jogador que tiver reflexo e bons olhos conseguirá pegar sempre a que quiser, embora haja uma dificuldade variável. Caso contrário ele poderá pegar uma carta em branco ou uma de pênalti que causará um ônus (perda da experiência obtida naquela batalha). Em todos os casos descritos acima ainda resta a chance de aparecer uma carta arcana que poderá causar resultados bons ou ruins dependendo, adivinhem, da sua sorte. Se após rodar ela parar virada normalmente, você poderá ser beneficiado com mais experiência em batalha ou itens extras nos baús durante um tempo. Caso contrário, poderá receber apenas um ponto de experiência por combate ou participar de Shuffles com mais cartas de pênalti em jogo. Isso são só alguns exemplos, pois a aleatoriedade está presente em quase tudo dentro do jogo.
Falando em parte sonora, Persona 4 é muito além da média. As músicas no geral são muito bacanas, e várias delas são cantadas, bem dentro do estilo "pop" presente nos animes. Apenas uma ou outra melodia nós consideramos um pouco cansativas, até enjoadinhas, mas nada que estrague a experiência. As dublagens são bem executadas e as vozes foram bem escolhidas para os personagens. Há muitas linhas de texto falado, e isso sempre ajuda a dar mais personalidade a eles – de outra forma o Teddie, mascote, seria muito sem graça.
Se Persona 3 ou FES foi o seu jogo preferido da série, Persona 4 tem seriíssima chance de tomar o seu lugar – não foi à toa que o elegemos como o melhor de PS2 este ano. Em um simulador de vida social com elementos de RPG que oferece tantas ramificações durante o desenvolvimento da história, o resultado não poderia ser outro senão uma excepcional durabilidade, e de quebra uma enorme longevidade. A gama de opções é tão grande que o jogador poderá realizar duas ou três aventuras com muitas diferenças entre elas, variando de relacionamento com personagens, habilidades, missões cumpridas, Personas adquiridas e mais. São centenas de variantes e é impossível participar e testemunhar todos os eventos em apenas uma jornada. Para finalizar, um sistema de combate tradicional, mas com peculiaridades bacanas, personagens cativantes, músicas agradáveis (salvo por raras exceções) e uma penca de atividades extracurriculares, sem falar das mais de 50 quests extras. O pacote mais completo que um fã da série já teve em sua vida.
Fonte/Crédito: finalboss
Re: [Play 2, o Imortal] Lançamento: Persona 4
Comprei a versão japonesa na liberdade, esse jogo ta mto bom! Pena que sou nb xD
Jow Low- Administrador
- Número de Mensagens : 2473
Emprego/lazer : Multi!
Humor : Sempre presente
Data de inscrição : 20/08/2007
Re: [Play 2, o Imortal] Lançamento: Persona 4
Eu ainda estou jogando o 3 e é sensacional.
Assim que acabar, vou começar esse aí.
obs.:
Os créditos da análise são da finalboss.
Assim que acabar, vou começar esse aí.
obs.:
Os créditos da análise são da finalboss.
Página 1 de 1
Permissões neste sub-fórum
Não podes responder a tópicos
|
|