[PSP] God of War: Chains os Olympus
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[PSP] God of War: Chains os Olympus
Kratos Detona no Portátil da Sony
God of War foi uma das experiências mais gratificantes de que os assíduos dos videogames já participaram. Sucesso do PlayStation 2, o título ganhou uma não menos imponente continuação, otimizada e melhorada em todos os quesitos possíveis, superando a obra original, sendo premiado e ovacionado pela crítica em geral. Mais do que uma gameplay desafiadora e empolgante, os dois títulos vieram repletos de conteúdo, usando toda a mitologia grega de cobertura para as audazes ações de Kratos, um soldado espartano que vendeu sua alma para Ares, o Deus da Guerra, em troca de poder para derrubar seus inimigos no campo de batalha. Suas ações nos episódios passados o tornaram o novo Deus da Guerra, depois que ele mesmo, com suas próprias mãos, derrotou Ares. Mas antes de ter seu lugar no Olimpo, Kratos foi um ser humano comum e teve mulher e filha, a quem assassinou involuntariamente ao cair em uma armadilha criada por seu antigo senhor. Tomado pelo arrependimento, ele passou dez anos de sua vida servindo aos outros deuses do Olimpo, para que eles, misericordiosamente, o fizessem esquecer de seus atos. Chains of Olympus, este fabuloso episódio da saga de Kratos exclusivo para o PSP, narra uma das várias de suas desventuras enquanto servo das divindades, em sua busca para livrar-se de seus pecados.
Quando a Sony anunciou que uma versão de God of War estava sendo produzida para o PSP, ficamos todos curiosos para saber até que ponto as qualidades dos títulos originais seriam transplantadas para o portátil, e de quanto seriam os eventuais sacrifícios. É verdade que God of War 2 não foi igualado por Chains of Olympus, mas em termos de jogos de ação e proeza artística para o PSP, o título da Ready at Dawn é o mais novo patamar a ser seguido pelos que de agora em diante investirem em algo hardcore para o portátil. Curiosamente, ele desbanca Daxter, o primeiro projeto desse competente estúdio para o PSP que recentemente nos entristeceu ao anunciar que não mais trabalharia no portátil (salvo se alguma distribuidora injetar o devido investimento).
A história desse título começa em Ática, parte sul da Grécia, onde Kratos enfrenta o Exército Persa (NE.: que não é liderado por Rodrigo Santoro). Aqui, os jogadores conhecem o primeiro boss, um grandioso Basilisco Persa, uma espécie de lagarto a quem o soldado perseguirá por várias áreas até o seu confronto final. Entretanto, logo após essa pequena glória, o Sol, nosso Astro-Rei, simplesmente cai do céu e desaparece no escuro horizonte. Sobre a carruagem de fogo de Helios (por onde ele carregada o sol, descendo à noite a oeste, por isso era o rei do controle do tempo), Kratos descobre que tudo não passa de um plano de Morpheus, Deus dos Sonhos, para controlar o mundo, envolvendo-o em uma espessa e infinita escuridão. Morpheus captura Helios, e como resultado da escuridão, a maioria dos deuses entra em estado de hibernação, deixando Kratos como o único capaz de impedir seus planos – não que ele se importe com a humanidade ou com o Olimpo, mas ele decide manter sua promessa de ajudar os deuses; afinal, ele ainda quer esquecer seus pecados. A história continua citando a rica mitologia grega, mencionando outras figuras como Eos e Selene, irmãos de Helios, todos deuses secundários na mitologia grega, assim como Perséfone, esposa de Hades e Rainha dos Mortos, que tem suas razões para se vingar da humanidade e do Olimpo. É impressionante como a história que envolve os jogos da série é capaz de causar fascínio naqueles que pouco ou sequer ouviram falar da mitologia grega. Após algumas consultas aqui e ali, descobrimos mais detalhes sobre as referências e passagens do jogo, mas não é preciso ser doutrinado em história da Grécia para compreender e se satisfazer com a trama de Chains of Olympus, onde mais uma vez o humano Kratos enfrentará a ira dos deuses.
Nós estamos em março de 2008, mas provavelmente God of War: Chains of Olympus será coroado no final do ano por vários sites internacionais. Não que estejamos menosprezando o que há de vir para o portátil, mas é que até agora, do que foi mostrado em estágio de produção para o sistema, será difícil que algum deles supere o nível técnico e a beleza artística desse título. Tudo foi concebido com quase a mesma qualidade vista em GOW2, salvo pela resolução diminuta da tela do PSP, visto que o título para PS2 usava até 480p (com macete na abertura, é verdade), mas em termos de realização técnica no portátil da Sony, este é um novo patamar em sua história. Cenários ricos, design variado, locais exóticos - internos e externos – batalhas sangrentas, cavernas iluminadas por tochas, pisos que refletem o cenário, enfim, salvo as devidas proporções, Chains of Olympus não deve em nada aos seus antecessores (cronologicamente sucessores). Os jogadores ficarão fascinados ao ver gigantes titãs animados como parte do cenário, ou os lindos gramados dos Campos Elíseos, e até mesmo o fogo e a lava do mundo subterrâneo - onde Kratos se recusa a ficar. Em todos os minutos, ficamos sempre satisfeitos com o potencial gráfico do jogo, que em momento algum mostrou sinal de fraqueza. Parabéns à produtora, que conseguiu transpor a essência dos títulos de console com poucos sacrifícios.
A gameplay de CoO é basicamente tudo que já experimentamos na série. Mas certamente há entre vocês aqueles que não tiveram oportunidade de jogar os episódios anteriores, então basta saberem que God of War é um dos mais frenéticos games de ação em terceira pessoa já produzidos. Os combates são essencialmente realizados com armas brancas ou de concussão, além de magias. A principal arma de Kratos são as Blades of Chaos, um par de lâminas presas a correntes (que por sua vez são presas em sua própria carne) que recebeu de Ares. Elas têm longo alcance e Kratos realiza combos com a tradicional seqüência de golpes fracos e fortes (quadrado e triângulo). Inimigos mais fracos podem ser agarrados e finalizados ou arremessados com o botão círculo. O botão X serve para pular (até duas vezes no ar) enquanto que o botão L defende. O botão R não tem função individual: ele serve para Kratos usar as habilidades mágicas que lhe são conferidas com a aquisição de acessórios como o Light of Dawn, o Charon's Wrath e o Ifrit, respectivamente R+□, R+O e R+Δ. O Ifrit é um dos mais úteis, e causa grandes danos aos inimigos em seu redor, enquanto que os outros servem para atacá-los de longe. Não são bacanas assim, e ficam mais como secundários em termos de utilidade, ainda mais que o Ifrit ainda confere invencibilidade temporária - é curioso ver esse gênio infernal da mitologia árabe relacionado a essa série, mas como ele foi adquirido de um guerreiro da Pérsia (Irã), então tem a sua lógica. Todos eles gastam o medidor de magia, uma barra azul que fica logo abaixo da vermelha, que é a energia de Kratos.
Uma das maiores mudanças com relação às versões PS2 está na esquiva. Como o PSP não possui a mesma quantidade de botões, nem a segunda alavanca analógica, o movimento teve que ser convertido para L+R+Alavanca, o que certamente causará um pouco de desconforto no início, principalmente pela necessidade extrema em se usar este artifício estratégico, defensivo e, em alguns casos, ofensivo. Nós tivemos a oportunidade de experimentar a demo em julho durante a E3, e por isso já estávamos acostumados. Cremos que, apesar de um pouco mais difícil, em alguns minutos vocês também estarão habituados a pressionar juntos os botões e a alavanca corretamente para fugir das investidas adversárias – só tomem cuidado para não colocar o PSP em modo ''sleep'' como algumas fizemos nos momentos mais frenéticos.
Marca registrada (mas não originária) dos episódios anteriores, os ''Quick Time Events'' estão de volta. Essas seqüências pré-determinadas culminam na execução de inimigos comuns (um círculo sobre suas cabeças indica que está na hora de iniciá-la) e também em cenas cinematográficas e de tirar o fôlego em lutas contra chefões. Durante essas seqüências, botões surgem na tela e o jogador deve apertá-los rapidamente, caso contrário é Kratos que sofrerá alguma conseqüência. Elas servem para apimentar os combates causando grande impacto visual.
Além das Blades of Chaos, em CoO nosso guerreiro Kratos terá acesso a duas novas armas: o Sun Shield e o Gauntlet of Zeus. O primeiro é um escudo (chamado de ''relíquia'' no jogo) que defende muitos ataques adversários e, como o timing certo, é capaz de rebater projéteis - também servirá de chave em inúmeras ocasiões. O segundo é uma gigantesca luva metálica que dá a Kratos o poder de aplicar potentes socos, capazes de colocar no chão um ciclope em poucos segundos. Enquanto alguns inimigos no jogo cismam em ignorar Kratos no meio de seus combos com as correntes, eles não fazem o mesmo quando usamos o punho divino para golpeá-los.
Todos esses acessórios e armas citados até agora podem receber upgrades ao sacrifício de quantidades determinadas das esferas vermelhas obtidas em urnas e com a eventual carnificina. Com isso, Kratos tem acesso a novos golpes e seqüências, como contragolpes com o escudo, mais combos com suas correntes, ataques carregados, etc. A energia de Kratos e sua barra de magia também podem ser ampliados conforme olhos de Gorgon e penas de Fênix, respectivamente, são adquiridos em urnas espalhadas pelo jogo. Vale dizer que, dessa vez, essas urnas não estavam tão escondidas como nos jogos anteriores, e fomos capazes de terminar nossa primeira aventura tendo coletado todas elas.
A inteligência artificial de Chains of Olympus no modo normal é desafiadora em alguns momentos, mas na maior parte do tempo não vai truncar a passagem dos jogadores. Nossos Game Overs vieram mais de alguns pulos mal sucedidos do que de derrota para os inimigos, e isso vale até mesmo para o boss. Houve uma sensível simplificação nesse aspecto, e é possível perceber que mesmo quando há vários inimigos na tela, eles costumam atacar pouco ''em bando'', isto é, muitas seqüências de ataques são individuais. No God Mode, habilitado quando se termina a aventura uma vez, os adversários passam a tirar mais energia com seus ataques, e demoram muito mais para perecerem. Dessa forma, a aventura se torna muito mais desafiante, e nem todos conseguirão superar o jogo nesse modo.
Além de adversários comuns, há também bosses, mas vale mencionar de antemão que nenhum deles repete o tão épico confronto contra o Colosso de Rodes em GOW2. O Basilisco dos primeiros minutos é, na verdade, o maior inimigo que Kratos enfrenta em CoO. Nesse ponto realmente sentimos a falta de adversários mais pomposos, e até mais numerosos, já que além desse só há mais três lutas contra chefes. Os outros são o que chamamos subchefes, como os tradicionais ciclopes, que vem até equipados com armaduras, e um felino. Curiosamente, uma seqüência mostrada no primeiro teaser do jogo, onde Kratos era atacado por uma criatura difícil de descrever e depois ambos apareciam em queda livre enquanto ele o esfaqueava foi limada da versão final. Aliás, há várias cenas que foram cortadas do jogo, e muitas delas podem ser vistas por serem extras destrancáveis, assim como no primeiro título.
Um dos aspectos de grande destaque dessa série - que já conta com três capítulos - é sua trilha sonora. Mesmo sendo diminuta em tamanho, a versão PSP não fica para trás quando o assunto é entreter os ouvidos dos jogadores. Músicas orquestradas que se mesclam aos elementos do jogo com natureza, qualidade, enfim, mais uma vez não temos palavras para descrever o trabalho sublime que foi feito nesse ponto, com suas músicas imponentes e proeminentes, com direito a coral em algumas delas. Mais uma vez, a dublagem também foi extremamente bem feita, e as interpretações do arrogante e querido Kratos (Terrence ''T.C.'' Carson) e da narradora ''oficial'' da série (Linda Hunt) estão do mesmo nível dos episódios para console.
Talvez, o único real defeito existente em Chains of Olympus é a curta jornada principal de Kratos. Os destrancáveis, incluindo o modo de dificuldade extra, ajudam como sempre a incentivar o jogador a repetir a aventura, mas essa é a mais curta iteração da série, sendo possível terminá-la em seis a sete horas. Não há nenhum problema com relação aos jogos terem essa duração, mas realmente esperávamos por mais por se tratar de um God of War (levando em conta tanta qualidade e o quanto nos entretemos, confessamos que essas horas passaram muito rapidamente). Assim como GOW2, este título é bem mais direto ao ponto, linear, com poucas bifurcações no caminho e que geralmente só o tiram da trilha principal por alguns mínimos segundos. Não há áreas enormes que confundam o jogador quanto ao trajeto a seguir, e por isso a exploração foi deixada ainda mais de lado nessa versão – e foi por isso que encontramos todas as urnas com Olhos de Gorgon e Penas de Fênix na primeira aventura. O retorno às áreas visitadas é mínimo, quase inexistente, auxiliando na redução da jornada de Kratos.
A saga de God of War continua virando mito por onde passa, e a prova disso é Chains of Olympus, o primeiro da então série de console para o portátil da Sony. A Ready at Dawn foi feliz nessa adaptação que utiliza os 333MHz de clock do processador do portátil para uma experiência bem aproximada das versões para PS2. Claro que comparando diretamente, God of War II é inigualável, mas estamos diante de uma iteração portátil, que de longe é um dos melhores títulos do PSP, uma nova referência. Todos os aspectos desde sua história original, o sistema de combate praticamente idêntico, gráficos impecáveis - artisticamente e tecnicamente - e sua trilha sonora ''hollywoodiana'' se mesclam para formar um título que só não foi perfeito devido à sua relativamente curta duração. Mesmo assim, não impede que a história de Kratos continue sendo contada com toda a imponência que se espera de um God of War.
God of War foi uma das experiências mais gratificantes de que os assíduos dos videogames já participaram. Sucesso do PlayStation 2, o título ganhou uma não menos imponente continuação, otimizada e melhorada em todos os quesitos possíveis, superando a obra original, sendo premiado e ovacionado pela crítica em geral. Mais do que uma gameplay desafiadora e empolgante, os dois títulos vieram repletos de conteúdo, usando toda a mitologia grega de cobertura para as audazes ações de Kratos, um soldado espartano que vendeu sua alma para Ares, o Deus da Guerra, em troca de poder para derrubar seus inimigos no campo de batalha. Suas ações nos episódios passados o tornaram o novo Deus da Guerra, depois que ele mesmo, com suas próprias mãos, derrotou Ares. Mas antes de ter seu lugar no Olimpo, Kratos foi um ser humano comum e teve mulher e filha, a quem assassinou involuntariamente ao cair em uma armadilha criada por seu antigo senhor. Tomado pelo arrependimento, ele passou dez anos de sua vida servindo aos outros deuses do Olimpo, para que eles, misericordiosamente, o fizessem esquecer de seus atos. Chains of Olympus, este fabuloso episódio da saga de Kratos exclusivo para o PSP, narra uma das várias de suas desventuras enquanto servo das divindades, em sua busca para livrar-se de seus pecados.
Quando a Sony anunciou que uma versão de God of War estava sendo produzida para o PSP, ficamos todos curiosos para saber até que ponto as qualidades dos títulos originais seriam transplantadas para o portátil, e de quanto seriam os eventuais sacrifícios. É verdade que God of War 2 não foi igualado por Chains of Olympus, mas em termos de jogos de ação e proeza artística para o PSP, o título da Ready at Dawn é o mais novo patamar a ser seguido pelos que de agora em diante investirem em algo hardcore para o portátil. Curiosamente, ele desbanca Daxter, o primeiro projeto desse competente estúdio para o PSP que recentemente nos entristeceu ao anunciar que não mais trabalharia no portátil (salvo se alguma distribuidora injetar o devido investimento).
A história desse título começa em Ática, parte sul da Grécia, onde Kratos enfrenta o Exército Persa (NE.: que não é liderado por Rodrigo Santoro). Aqui, os jogadores conhecem o primeiro boss, um grandioso Basilisco Persa, uma espécie de lagarto a quem o soldado perseguirá por várias áreas até o seu confronto final. Entretanto, logo após essa pequena glória, o Sol, nosso Astro-Rei, simplesmente cai do céu e desaparece no escuro horizonte. Sobre a carruagem de fogo de Helios (por onde ele carregada o sol, descendo à noite a oeste, por isso era o rei do controle do tempo), Kratos descobre que tudo não passa de um plano de Morpheus, Deus dos Sonhos, para controlar o mundo, envolvendo-o em uma espessa e infinita escuridão. Morpheus captura Helios, e como resultado da escuridão, a maioria dos deuses entra em estado de hibernação, deixando Kratos como o único capaz de impedir seus planos – não que ele se importe com a humanidade ou com o Olimpo, mas ele decide manter sua promessa de ajudar os deuses; afinal, ele ainda quer esquecer seus pecados. A história continua citando a rica mitologia grega, mencionando outras figuras como Eos e Selene, irmãos de Helios, todos deuses secundários na mitologia grega, assim como Perséfone, esposa de Hades e Rainha dos Mortos, que tem suas razões para se vingar da humanidade e do Olimpo. É impressionante como a história que envolve os jogos da série é capaz de causar fascínio naqueles que pouco ou sequer ouviram falar da mitologia grega. Após algumas consultas aqui e ali, descobrimos mais detalhes sobre as referências e passagens do jogo, mas não é preciso ser doutrinado em história da Grécia para compreender e se satisfazer com a trama de Chains of Olympus, onde mais uma vez o humano Kratos enfrentará a ira dos deuses.
Nós estamos em março de 2008, mas provavelmente God of War: Chains of Olympus será coroado no final do ano por vários sites internacionais. Não que estejamos menosprezando o que há de vir para o portátil, mas é que até agora, do que foi mostrado em estágio de produção para o sistema, será difícil que algum deles supere o nível técnico e a beleza artística desse título. Tudo foi concebido com quase a mesma qualidade vista em GOW2, salvo pela resolução diminuta da tela do PSP, visto que o título para PS2 usava até 480p (com macete na abertura, é verdade), mas em termos de realização técnica no portátil da Sony, este é um novo patamar em sua história. Cenários ricos, design variado, locais exóticos - internos e externos – batalhas sangrentas, cavernas iluminadas por tochas, pisos que refletem o cenário, enfim, salvo as devidas proporções, Chains of Olympus não deve em nada aos seus antecessores (cronologicamente sucessores). Os jogadores ficarão fascinados ao ver gigantes titãs animados como parte do cenário, ou os lindos gramados dos Campos Elíseos, e até mesmo o fogo e a lava do mundo subterrâneo - onde Kratos se recusa a ficar. Em todos os minutos, ficamos sempre satisfeitos com o potencial gráfico do jogo, que em momento algum mostrou sinal de fraqueza. Parabéns à produtora, que conseguiu transpor a essência dos títulos de console com poucos sacrifícios.
A gameplay de CoO é basicamente tudo que já experimentamos na série. Mas certamente há entre vocês aqueles que não tiveram oportunidade de jogar os episódios anteriores, então basta saberem que God of War é um dos mais frenéticos games de ação em terceira pessoa já produzidos. Os combates são essencialmente realizados com armas brancas ou de concussão, além de magias. A principal arma de Kratos são as Blades of Chaos, um par de lâminas presas a correntes (que por sua vez são presas em sua própria carne) que recebeu de Ares. Elas têm longo alcance e Kratos realiza combos com a tradicional seqüência de golpes fracos e fortes (quadrado e triângulo). Inimigos mais fracos podem ser agarrados e finalizados ou arremessados com o botão círculo. O botão X serve para pular (até duas vezes no ar) enquanto que o botão L defende. O botão R não tem função individual: ele serve para Kratos usar as habilidades mágicas que lhe são conferidas com a aquisição de acessórios como o Light of Dawn, o Charon's Wrath e o Ifrit, respectivamente R+□, R+O e R+Δ. O Ifrit é um dos mais úteis, e causa grandes danos aos inimigos em seu redor, enquanto que os outros servem para atacá-los de longe. Não são bacanas assim, e ficam mais como secundários em termos de utilidade, ainda mais que o Ifrit ainda confere invencibilidade temporária - é curioso ver esse gênio infernal da mitologia árabe relacionado a essa série, mas como ele foi adquirido de um guerreiro da Pérsia (Irã), então tem a sua lógica. Todos eles gastam o medidor de magia, uma barra azul que fica logo abaixo da vermelha, que é a energia de Kratos.
Uma das maiores mudanças com relação às versões PS2 está na esquiva. Como o PSP não possui a mesma quantidade de botões, nem a segunda alavanca analógica, o movimento teve que ser convertido para L+R+Alavanca, o que certamente causará um pouco de desconforto no início, principalmente pela necessidade extrema em se usar este artifício estratégico, defensivo e, em alguns casos, ofensivo. Nós tivemos a oportunidade de experimentar a demo em julho durante a E3, e por isso já estávamos acostumados. Cremos que, apesar de um pouco mais difícil, em alguns minutos vocês também estarão habituados a pressionar juntos os botões e a alavanca corretamente para fugir das investidas adversárias – só tomem cuidado para não colocar o PSP em modo ''sleep'' como algumas fizemos nos momentos mais frenéticos.
Marca registrada (mas não originária) dos episódios anteriores, os ''Quick Time Events'' estão de volta. Essas seqüências pré-determinadas culminam na execução de inimigos comuns (um círculo sobre suas cabeças indica que está na hora de iniciá-la) e também em cenas cinematográficas e de tirar o fôlego em lutas contra chefões. Durante essas seqüências, botões surgem na tela e o jogador deve apertá-los rapidamente, caso contrário é Kratos que sofrerá alguma conseqüência. Elas servem para apimentar os combates causando grande impacto visual.
Além das Blades of Chaos, em CoO nosso guerreiro Kratos terá acesso a duas novas armas: o Sun Shield e o Gauntlet of Zeus. O primeiro é um escudo (chamado de ''relíquia'' no jogo) que defende muitos ataques adversários e, como o timing certo, é capaz de rebater projéteis - também servirá de chave em inúmeras ocasiões. O segundo é uma gigantesca luva metálica que dá a Kratos o poder de aplicar potentes socos, capazes de colocar no chão um ciclope em poucos segundos. Enquanto alguns inimigos no jogo cismam em ignorar Kratos no meio de seus combos com as correntes, eles não fazem o mesmo quando usamos o punho divino para golpeá-los.
Todos esses acessórios e armas citados até agora podem receber upgrades ao sacrifício de quantidades determinadas das esferas vermelhas obtidas em urnas e com a eventual carnificina. Com isso, Kratos tem acesso a novos golpes e seqüências, como contragolpes com o escudo, mais combos com suas correntes, ataques carregados, etc. A energia de Kratos e sua barra de magia também podem ser ampliados conforme olhos de Gorgon e penas de Fênix, respectivamente, são adquiridos em urnas espalhadas pelo jogo. Vale dizer que, dessa vez, essas urnas não estavam tão escondidas como nos jogos anteriores, e fomos capazes de terminar nossa primeira aventura tendo coletado todas elas.
A inteligência artificial de Chains of Olympus no modo normal é desafiadora em alguns momentos, mas na maior parte do tempo não vai truncar a passagem dos jogadores. Nossos Game Overs vieram mais de alguns pulos mal sucedidos do que de derrota para os inimigos, e isso vale até mesmo para o boss. Houve uma sensível simplificação nesse aspecto, e é possível perceber que mesmo quando há vários inimigos na tela, eles costumam atacar pouco ''em bando'', isto é, muitas seqüências de ataques são individuais. No God Mode, habilitado quando se termina a aventura uma vez, os adversários passam a tirar mais energia com seus ataques, e demoram muito mais para perecerem. Dessa forma, a aventura se torna muito mais desafiante, e nem todos conseguirão superar o jogo nesse modo.
Além de adversários comuns, há também bosses, mas vale mencionar de antemão que nenhum deles repete o tão épico confronto contra o Colosso de Rodes em GOW2. O Basilisco dos primeiros minutos é, na verdade, o maior inimigo que Kratos enfrenta em CoO. Nesse ponto realmente sentimos a falta de adversários mais pomposos, e até mais numerosos, já que além desse só há mais três lutas contra chefes. Os outros são o que chamamos subchefes, como os tradicionais ciclopes, que vem até equipados com armaduras, e um felino. Curiosamente, uma seqüência mostrada no primeiro teaser do jogo, onde Kratos era atacado por uma criatura difícil de descrever e depois ambos apareciam em queda livre enquanto ele o esfaqueava foi limada da versão final. Aliás, há várias cenas que foram cortadas do jogo, e muitas delas podem ser vistas por serem extras destrancáveis, assim como no primeiro título.
Um dos aspectos de grande destaque dessa série - que já conta com três capítulos - é sua trilha sonora. Mesmo sendo diminuta em tamanho, a versão PSP não fica para trás quando o assunto é entreter os ouvidos dos jogadores. Músicas orquestradas que se mesclam aos elementos do jogo com natureza, qualidade, enfim, mais uma vez não temos palavras para descrever o trabalho sublime que foi feito nesse ponto, com suas músicas imponentes e proeminentes, com direito a coral em algumas delas. Mais uma vez, a dublagem também foi extremamente bem feita, e as interpretações do arrogante e querido Kratos (Terrence ''T.C.'' Carson) e da narradora ''oficial'' da série (Linda Hunt) estão do mesmo nível dos episódios para console.
Talvez, o único real defeito existente em Chains of Olympus é a curta jornada principal de Kratos. Os destrancáveis, incluindo o modo de dificuldade extra, ajudam como sempre a incentivar o jogador a repetir a aventura, mas essa é a mais curta iteração da série, sendo possível terminá-la em seis a sete horas. Não há nenhum problema com relação aos jogos terem essa duração, mas realmente esperávamos por mais por se tratar de um God of War (levando em conta tanta qualidade e o quanto nos entretemos, confessamos que essas horas passaram muito rapidamente). Assim como GOW2, este título é bem mais direto ao ponto, linear, com poucas bifurcações no caminho e que geralmente só o tiram da trilha principal por alguns mínimos segundos. Não há áreas enormes que confundam o jogador quanto ao trajeto a seguir, e por isso a exploração foi deixada ainda mais de lado nessa versão – e foi por isso que encontramos todas as urnas com Olhos de Gorgon e Penas de Fênix na primeira aventura. O retorno às áreas visitadas é mínimo, quase inexistente, auxiliando na redução da jornada de Kratos.
A saga de God of War continua virando mito por onde passa, e a prova disso é Chains of Olympus, o primeiro da então série de console para o portátil da Sony. A Ready at Dawn foi feliz nessa adaptação que utiliza os 333MHz de clock do processador do portátil para uma experiência bem aproximada das versões para PS2. Claro que comparando diretamente, God of War II é inigualável, mas estamos diante de uma iteração portátil, que de longe é um dos melhores títulos do PSP, uma nova referência. Todos os aspectos desde sua história original, o sistema de combate praticamente idêntico, gráficos impecáveis - artisticamente e tecnicamente - e sua trilha sonora ''hollywoodiana'' se mesclam para formar um título que só não foi perfeito devido à sua relativamente curta duração. Mesmo assim, não impede que a história de Kratos continue sendo contada com toda a imponência que se espera de um God of War.
Re: [PSP] God of War: Chains os Olympus
Cara... Preciso de um PSP! Tô vendo que vou comprar um só pra jogar God of War, mas vai ser bem gasto huahauahuahauhahua...! Realmente essa matéria da uma vontade indescritível de jogar logo este game.
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